O frio e a paixão são psicológicos?

Algumas semanas atrás, até porque agora nem frio está, eu observei uma cena interessante no Campus do Vale da UFRGS. Eu estava fazendo um curso de quantificação das características e texturas em lâmina delgada através da digitalização e aplicação de fórmula matemáticas em um programa. Sim, bem complicado eu sei. O fato é que passava a maior parte do dia dentro da sala e nas poucas saídas de coffee break e lunch, eu fiquei curioso com a falta de frio de algumas pessoas que passeavam de bermudas e chinelos, muitas vezes de toalha na cabeça como quem recém sai do banho, aparentemente tranqüilos.

Bem, Porto Alegre pode não ser a cidade mais fria do Brasil, mas com certeza o RS é o estado que mais faz frio no Brasil, e aqueles estudantes que andavam por aí deste jeito eram participantes de algum congresso ou de algum evento do tipo. Fiquei analisando aquilo e lembrei-me da frase que sempre alguém diz quando está frio, que o frio é “psicológico”. A melhor resposta que ouvi foi “ah eu quero um psicólogo” uma vez que, por estar sem luz e sem água resolvemos tomar banho no pit abandonado de uma antiga mina de ouro.

Mas, como a mente interfere em tudo, não duvido que o frio pode ser mais ou menos intenso conforme a nossa percepção. Ao observar aqueles estudantes eu via que eles estava absortos no lugar, nas novidades, no evento, ou seja, estava tão ocupados procurando os detalhes que o frio parecia não importar. Inevitavelmente fiz um paralelo com a paixão. Como é difícil sentir as “intempéries” quando estamos apaixonados. Frio, calor, fome, sede, defeitos… nada disso parece atingir a nossa carne e a nossa mente, porque o foco é simplesmente o sentimento bom que nos aprisiona e nos motiva.

Nesse contexto só existem três caminhos: evitar, avançar ou meditar…

Uma resposta para “O frio e a paixão são psicológicos?

  1. Pela foto parece psicológico sim hehe, o cara tá sem camisa na neve…agora a paixão é passageira com toda certeza. Duda

Deixe um comentário