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Enfim o fim…

Enfim o fim. Depois de quase três meses eu volto a escrever porque além da falta de tempo havia também a falta de vontade de escrever qualquer coisa, como se a minha mente estivesse infectada por um vírus, incapacitada de articular qualquer raciocínio mais ou menos interessante. Tudo isso por causa das eleições. Acho que nunca tinha visto uma eleição tão enfadonha e sem graça, mesquinha e covarde como essa. Já tive partido, já segurei bandeira, mas desisti em prol da minha saúde mental, porque não dá para crer na política de um país que elege um goleiro, um goleador problema e um palhaço para deputados.

Brincadeira tem limite, o povo brasileiro não, como eu li em um texto atribuído ao Arnaldo Jabor aonde ele aponta as possíveis qualidades do povo brasileiro que na verdade mascaram defeitos graves de pensamento, de filosofia e da maneira de agir. Espero que esse belo texto tenha circulado por aí para refletirmos, outro que li sobre as diferenças entre os países, etc…

O pior de tudo é aguentar alguns querendo defender este ou aquele candidato, como se fosse uma guerra de vida ou morte, e postando textos em todos os lugares possíveis. Eu quase desisti de ser membro de um grupo de geologia porque a todo momento tinha um engraçadinho dizendo que postou sem querer um baita texto sobre tal candidato, ou dizendo que as regras do grupo para a não manifestação política poderiam ser quebradas porque estaríamos num “momento importante” aff… e alguns consentem ainda…

Bom, mas graças ao tempo isso passou, falta agora passar a frustração por eu não ter ido ver o show do Paul McCartney, mas isso também o tempo vai se encarregar de curar. Otimista como sou sempre, espero que independente dos acontecimentos, o melhor ocorra para tudo e para todos, pois as vezes a lição é mais importante que o fato em si.

No pain, no gain. It´s true?

Montado num cavalo Quarto de Milha chamado “Guri”, eu observava o quanto a natureza animal é muito mais ativa no homem do que a sua natureza… hum… transcendental, para não falar espiritual, porque na verdade o que eu quero dizer não tem nada a ver com dogmas ou religiões.

Tudo começou quando eu necessitava ir até um cerro de arenitos, para observar umas rochas, e então montei em um dos cavalos para facilitar a ida. A primeira observação interessante, é que o “Guri” levava consigo, na sua boca, um pouco de pasto, talvez pra depois, mesmo tendo muito pasto em volta, ele não largava seus galhinhos por nada, nem para beber água, ou bufar com o calor escaldante que fazia. Ele empacou numa subida íngreme, mesmo tendo um caminho, e teve que ser forçado a subir, mas o fez sem problemas, o caminho era cansativo e com pedras, mas deu tudo certo. Mas o insight mesmo veio na volta, quando eu notei que o “Guri” estava muito mais solícito e veloz na volta, como um trabalhador louco pra chegar em casa para o descanso, acelerou as passadas, foi ao encontro do portão logo para me deixar; deixar aquele peso.

E nós humanos? Será que estamos mais preocupados com a hora do descanso? Será que temos a noção de o quanto de “algo a mais” podemos dar nas diversas situações do dia? Como confrontar a vontade natural de uma soneca, de um descanso no lugar de alguma tarefa importante? Qual é o limite de não nos tornarmos demasiadamente passivos as vontades, mas também não nos tornarmos robóticos e sem emoção…

No pain, no gain, It´s true? É uma frase que um velhinho dizia num jogo de RPG muuito antigo que joguei a muuito tempo atrás, antes mesmo da frase se tornar famosa. Fato é, que o ganho vem do “algo a mais”, vem do enfrentamento, da antinaturalidade, do esforço de vencer a si mesmo, e vencer a vontade bioquímica, orgânica, psíquica, elétrica, ou qualquer que seja que nos suga para a zona de conforto.

A corrida é um bom esporte para treinar esse conceito, tirar energia para vencer aquele quilômetro a mais, e aquele mais, e aquele mais… deliciar-se com o resultado final, vendo que foi feliz a escolha de se debulhar um pouco mais para chegar até onde se chegou, ou refletir se a desistência era realmente necessária ou o corpo/mente poderia ter dado mais um pouco.

Os cavalos não precisam de nada além de água, comida e descanso… Nós humanos as vezes podemos deixar as nossas maiores vontades um pouco de lado, com vistas num horizonte diferente, talvez melhor.

Como fazer as coisas

Cada vez que paramos para olhar o passado e a maneira que as coisas eram feitas, desperta uma certa agonia e ao mesmo tempo receio.  Ao lembrar que antigamente uma página inteira deveria ser refeita e reimpressa caso ocorresse um erro ortográfico numa tese por exemplo, e que agora são eliminados com um simples “clique”; os gráficos feitos e pintados manualmente e que agora com o computador são feitos numa velocidade e precisão incomparáveis.

Há os saudosistas que acreditam justamente nessa entrega, nesse tempo dispendido como o segredo de trabalhos mais elaborados e/ou dedicados.  Fato é que ao pensarmos racionalmente, deixando o romantismo de lado (aliás foi o computador que acabou com o romantismo do xadrez) sabemos que o tempo é ainda o bem mais precioso, e quanto “melhor e mais rápido” fazermos, mais tempo para o romantismo de fato teremos, por exemplo.

Será que estamos fazendo as coisas da melhor maneira possível? Será que no futuro, com as novas tecnologias não pensaremos mal de nós mesmos quanto aos nossos métodos do passado?

A modesta opinião pessoal de tudo isso é saber identificar a diferença entre a teimosia/preguiça/medo/prazer/desprendimento. Ou seja, não precisamos necessariamente fazer as coisas da forma mais adequada ou rápida que existe, até porque isso é bem relativo e conflitante, mas devemos fazer da forma que realmente convém. Ao querer fazer manualmente o que pode ser feito eletronicamente, estaremos perdendo tempo? Ou estaremos perdendo divertimento? Ou precisão? Por exemplo: eu imagino que nunca comprarei uma máquina de lavar louça, porque além de não acreditar na limpeza que ela faz, lavar os pratos, sentir a água escorrendo pelas mãos, a textura dos pratos e talheres, o simbolismo que é lavar algo com dedicação, pra mim significa um momento de prazer e meditação. Creio que o tempo perdido é compensado pelo prazer intrínseco.

Faça aos outros o que gostaria que te fizessem…

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Essa máxima, antiga e famosa, compreende aquilo que, de certa forma, seria o ideal para a humanidade. Não há quem não pense, ou que já não pensou que se todo mundo fissesse para os outros o que gostaria que fizessem para si, o mundo seria outro, melhor, uma maravilha. Mas fugindo da simplicidade, sabemos que isso é praticamente impossível, não por morarmos num mundo tão diverso, mas também porque cada um quer para si coisas diferentes em intensidades diferentes. O que realmente é importante?

Nesse tema, uma autoanálise sobre o que fazemos por gosto, ou o que fazemos na expectativa de ser retribuido é bem vinda. Algumas das nossas qualidades parecem que são inatas, alguns são pacientes mesmo quando o outro não o é, alguns são educados porque o outro também foi, senão não seria. Nossa personalidade tem diversas tonalidades que são presentes durante um bom tempo, enquanto algumas desbotam, ou se alteram em função da influência dos fatos, dos acontecimentos e da própria evolução como ser. Talvez o exemplo mais prático e de certa forma decepcionante, é na política, aonde temos a impressão que por mais que um santo se eleja, em pouco tempo estará corrompido pela massa a sua volta.

Mas isso também é necessário. Até onde vale a pena ser ou fazer algo por puro prazer? Gostar de si mesmo, orgulhar-se de suas qualidades blindadas dos estímulos externos nos traz personalidade e paz interior, mas de tempos em tempo, observemo-nos pra não se sentir um ET sem necessidade ou ganho particular…

Autoconfiança

Autoconfiança

Sobre a autoconfiança. Comecei a escrever esse texto em Presidente Figueiredo, depois de um reconfortante banho, que minimizou aquele calor todo do norte.  O plano era ir direto para a mina de Pitinga, mas como nos atrasamos, acabamos ficando em Presidente Figueiredo para passar a noite e completar o resto da viagem pela manhã.

Mas, como eu havia começado, citando a autoconfiança, porque a alguns dias atrás, 2 pessoas chamaram atenção para essa minha característica. Na real, quem não gosta muito de mim (como a Loren :P) diz que na verdade eu me acho hahaha. E quando alguém me diz “Tu te acha né?” eu brinco respondendo que sim… mas, eu queria dar a minha opinião, sobre aonde está a diferença entre a autoconfiança e a presunção.

Há quem pense que a diferença entre a presunção e a autoconfiança esteja somente no grau de humilade envolvida. Ou seja, enquanto o autoconfiante tem  consciência real das suas potecialidades, o presunçoso, por sua vez, superestima elas. Mas na verdade não é só isso. Porque a verdadeira auto confiança não considera só as potencialidades, mas também as fraquezas. Claro que passa por isso também, uma qualidade nos dá força de ação, segurança e ao longo do tempo servem como trunfos e cartas na manga para as mais diversas situações. Mas conhecer as próprias fraquezas nos dá subsídio pra evitar outras situações, superar as adversidades e se manter firme.

E é por isso que para se obter uma autoconfiança equilibrada e livre de presunção, falsa modéstia ou o oposto, é necessário uma profunda reflexão de si mesmo…  ter humildade para não superestimar as qualidades e ter coragem para reconhecer as fraquezas… esse trabalho é arduo, mas recompensador.

A estratégia e a tática…

Os esportes, em geral, traduzem benfícios físicos, corporais e até mentais, quando podemos adquirir algumas características exercitadas em um jogo, como competitividade, trabalho em equipe, etc…

Trazer os benefícios do esporte para a vida pessoal é extremamente compensatório, e é por isso que muitas vezes os desportistas são referências de personalidades marcantes, de caráter… muitos são verdadeiros exemplos de pessoas resolvidas e equilibradas… expõem seu dia a dia e sua rotina, seu mundo interior… lógico que também tem seus defeitos, limitações e angústias, muitas vezes não citadas nas nossas fontes de consulta (jornal, revistas, mídia em geral), mas muitas outras vezes também é mostrado esse lado…

E é sobre isso que quero falar agora… como podemos trazer alguns benefícios do esporte para a nossa vida cotidiana, através de uma de minhas esperiências…

A bons anos atrás, frequentei aulas de xadrez. É um esporte que atualmente não estou praticando, muito mais por falta de tempo do que de vontade, porque é muito enriquecedor…

E numa das aulas, o professor queria ensinar os conceitos de “estratégia” e de “tática”. Confesso que no início foi até um pouco estranho, que para mim era a mesma coisa… estratégia e tática … mas ele foi explicando e de uma maneira clara e disse: “estratégia é o que fazemos para chegar na tática” … ou seja.. estratégia era todo o pensamento do jogo, a armação, a preparação.. e tática era uma jogada isolada, era o movimento definitivo… acredito que isso seja semelhante no futebol… ou seja a estratégia é montada (4-4-2, postura em campo etc,) e a tática são jogadas ensaiadas, faltas, etc…

E a vida é assim… a estratégia é aquilo que queremos buscar a longo e médio prazo… sejam os assuntos profissionais ou familiares, montamos uma ou mais estratégias que podem ser abandonadas ou substituídas, e buscamos na tática chegar aos resultados que queremos… até porque sempre entram muitos fatores não considerados na estratégia inicial… como um conhecido meu disse que leu num caminhão uma vez “na prática a teoria é outra”…

O importante é, ter estratégias mesmo que possam ser abandonadas, e estar atento, porque a qualquer momento uma tática vitoriosa resolve a situação… e táticas vitoriosas não vem só do talento, da inspiração num momento de improviso… vem do exercício, da observação, da perspicácia e da sagacidade, que são adquiridas através de muita meditação.

Mais perguntas do que respostas…

Aquele velho papo fiolosífico de que “quanto mais eu sei, mas sei que nada sei” é muito verdadeiro… mas isso não estraga o brilho ou o entusiasmo da vida… na verdade não vamos simplesmente ficando cada vez mais “burros” ou “menos sábios” com o passar dos dias, sendo esta máxima verdadeira…

Tudo porque a medida que os dias avançam algumas certezas da nossa essência, valores e modo de vida vão ficando mais claros… a personalidade parece que quanto mais se forma, mais se amplia para ficar a nosso gosto aparando as arestas, formando uma escultura de nós mesmos que queremos ser pra nós para os outros, para a sociedade…

Pra isso é inevitável se preocupar mais com as perguntas do que com as respostas… porque são justamentes as perguntas que criam um circuito (as vezes infindável) que trazem a reflexão, o raciocínio, o aprimoramento… as respostas, por sua vez, na medida que o tempo passa, ou são incorporadas, ou são descartadas, ou são recicladas… mas seu efeito é mais pontual…

E o interessante é justamente comparar as perguntas que estamos fazendo agora, com as que já fizemos no passado, e as que possívelmente faremos em um deteminado tempo futuro… As perguntas feitas a nós (ou a nosso psicólogo, eu nunca frequentei um mas talvez esteja precisando lol), causam um impacto tão forte que dá vontade de fugir… e fugir também faz parte…

Geralmente a virada do ano é usada pra a projeção dos objetivos a serem realizados, metas, sonhos, etc… isso poderia ser feito diariamente…

Nossos perfis não são congelados… as vezes estamos imbuídos de uma coragem vencedora, as vezes estamos mareados por uma tranquilidade serena, as vezes estamos angustiados perigosamente… fato é que nem sempre o nosso perfil está adequado para a situação que precisamos enfrentar… e o resultado não saí de acordo com o que poderia ser… não podemos nos punir por isso… se a lua interfere até na seiva das plantas, imagina nós o quanto não somos influenciados por tudo o que há na nossa volta? cores, sabores e amores?

Mas um dos passos da meditação consiste justamente em determinadas horas do dia (ao acordar e ao antes de dormir principalmente) fazermos algumas perguntas simples mas que as vezes nos trazem profundas reflexões para que os nossos perfis criem uma sinergia de qualidades…

Perguntas do tipo: “Qual é o meu objetivo pra hoje?” , “Estarei eu sendo correto?”, “Será que isso é tão sério?”,  “Aonde não fui bom o suficiente?” , “Será que eu sou um repolhão?? lol

Os livros que nos acham…

Uma vez eu vi num filme… não lembro que filme era… talvez seja “Hurricane” … aonde tinha uma frase que dizia “Não somos nós que achamos os livros, mas eles que nos acham” … eu já concordava com essa frase, mas passei a concordar mais depois que isso ocorreu comigo… e foram algumas vezes.. mas a última , que estou vivendo se refere ao livro  “Portões de Fogo”.

Algum fim de semana passado eu fui ao shopping pra comprar uma gravata (e o vendedor me vendeu a loja inteira a ponto da a gravata sair de graça aff 8)) e depois, passeando pela Saraiva,  olhava, olhava e não achava nada… tentava lembrar algum livro que queria ler e não me vinha nada na cabeça ou não o encontrava… confesso que estava nos 45 do segundo tempo quando avistei o “Portões de Fogo”.

Peguei na hora.. lembrei que tinha ouvido falar deste livro numa palestra sobre o espírito das artes marciais, e fiquei muito curioso porque foi veementemente recomendado pelo palestrante, mas isso tinha se passado a um bom tempo atrás e então dei uma verificada pra ver se era mesmo o livro que estava pensando… e era…

Curiosamente depois comentando sobre o livro com um amigo no MSN, ele foi me indicando outros que leu e eu acessei um arquivo de texto que tenho no meu computador e que fazia tempo que não abria, aonde eu anoto os livros que quero ler… e qual era o último que estava anotado?? Portões de Fogo de Steven Pressfield…

Não terminei ainda o livro… mas ele veio num momento que eu mais precisava… e  eu posso até não ter sido um dos 300 que lutou na batalha das Termópilas, mas com certeza devo ter sido um espartano em outra vida…

Aí vai um trecho do livro que me identifiquei profundamente…

“- Os seus instrutores ensinaram porque os espartanos desculpam sem punição o guerreiro que perde seu elmo ou peitoral em batalha, mas pune com a morte o homem que se desfaz do seu escudo?”

Ensinaram, respondeu Alexandros.

“- Porque um guerreiro porta o elmo e o peitoral para sua própria proteção, mas o escudo é para a segurança de toda a linha.”

Diekenes sorriu e pôs a mão sobre o ombro do seu protegido.

“- Lembre-se disso, meu jovem amigo. Há uma força além do medo. Mais potente que a autopreservação. (…)”

Necessidades…

Estou a um bom tempo com isso abandonado por falta de tempo e inspiração, mas vamos filosofar sobre a necessidade…

E de fato pessoalmente eu me divirto com isso…

Eu fico lembrando como as minhas necessidades vão se alterando, desde o momento em que me dei por gente até hoje (mas será que hoje me dou por gente :P) e o engraçado é ver como nós suprimos e criamos as necessidades incessantemente por um motivo muito simples: vencer desafios.

Na infância eles talvez sejam menos numeros, depende da história de cada um, mas não é a toa que inventamos brincadeiras, praticamos esportes e jogamos jogos, possuímos a necessidade inata de vencer desafios e criar novos…

E na vida adulta, quando as etapas vão passando, colégio, formatura, emprego, etc, fica claro que tudo aquilo que passou e parecia tão difícil no momento em que estávamos sendo desafiados,  depois parece trivial e, rimos dos desafios, até mesmo dos que não tiveram o fim que desejávamos…

Mas o maior desafio é saber que desafios devemos enfrentar por livre e espontânea vontade… Preciso trabalhar muito porque? Preciso de muito dinheiro? Ou reconhecimento profissional? Ou consciência tranquila que estou contribuindo? Do que eu realmente preciso?? Que desafios que depois de vencidos não trarão apenas risadas e experiência, mas a bagagem necessária para escolher os próximos desafios e além disso ainda, os fatos que ficarão marcados pra sempre…

Ir até o fim ou desistir… desafiar ou observar… se a famosa frase de Platão que diz: “a necessidade é a mãe da invenção” é verdadeira, verdadeiro também é o oposto… se inventarmos muito, além de perder a simplicidade da vida, criamos muitas necessidades infrutíferas…

Uma baciada de pinhões

Ao conversar através da web cam com uma amiga que estava no calor do Rio, me veio o desejo de comer pinhão… Ela, no meio da conversa e de uma e outra risadinha característica comia um pinhão e eu fiquei com aquele desejo…

Dois dias depois eu no Záffari com outra amiga que viu um cesto de pinhões e foi em direção a ele e eu “Ah!”, me botei a coletar alguns…

Em casa, no mesmo dia, estava pronta uma baciada de pinhões que eu e o pai desfrutávamos enquanto a mãe orkutava…

Não comi pinhão muitas vezes na vida, lembro que quando eu era pequeno, nas minhas frescuras alimentícias, eu provei uma vez e acabei vomitando, passando mal ou algo do gênero…

E então faz pouco tempo que aprendi a comer pinhão… deve ter sido com o Rafa ou o Leandro, meus gurus da praticidade rsrs :P, mas enquanto o pai cortava com uma faca, eu apertava a parte mais proeminente (a base do pinhão) com os  dentes incisivos fazendo ele deslizar para a parte superior pra fora da casca e então tiro com os dedos (as vezes) pra ver se estão realmente saudáveis e depois vou pra mastigação…

Além das frescuras alimentares, na infância eu também ficava angustiado se eu saberia fazer as coisas… eu olhava os mais velhos e cultos falando, e ficava pensando se um dia eu saberia das coisas também… se eu conseguiria aprender, trabalhar, enfim…

E é justamente a curiosidade infantil que ao evoluir para uma curiosidade em desvendar todos os tipos de mistérios, introspectivos, espirituais, materiais, externos, etc, é que deixa a vida tão gostosa de se saborear… Aprender as minúcias, as teorias, sejam elas úteis ou meras curiosidades, dedicar-se, investigar, reconhecer, observar… ah observar…